Nas sociedades mais estruturadas , em que a divisão do trabalho é acentuada são menores a espontaneidade e a expressividade corporal, e maior a instrumentalização.
Nas sociedades estruturalmente mais simples,o homem, para sua sobrevivência, depende diretamente da acuidade dos seus sentidos, da agilidade de seus movimentos e da rapidez de suas reações corporais.Para que o homem primiivo caçasse ,dependia diretamente da percepção sensível e da ação do seu corpo, da mesma fora com relação a aproximação dos inimigos, que era feita através da vibração do solo.
Segundo Mounier, em suas observações feitas com os povos africanos, ele pode perceber o domínio dos mesmo com relação à natureza, através dos seus rituais festivos.
Na obra de Paulo Freire, Cartas a Guiné - Bissau, ele observa os movimentos corporais de negro africano revelam suas relações de harmonia com a natureza, e chama a atenção para "o possível potencial que a mímica, como expressão corporal, possa ter em culturas em que o corpo não foi submetido a um intelectualismo.
Nas civilizações orientais, as relações do homem com sua corporalidade diferem da ciilização ocidental.O conhecimento do mundo baseia-se na intuição direta da natureza das coisas, numa relação com o mundo que envolve intensamente o homem como ser corporal e sensível.
O homem foi tornando-se , progressivamente, o mais independente possível da comunicação empática do seu corpo com um mundo, reduzindo sua capacidade de percepção sensorial e aprendendo, simultaneamente, a controlar seus afetos, transformando a livre manifestação de seus sentimentos em expressões e gestos formalizados.
No trabalho , a manipulção do corpo foi, progressivmente, assumindo proporções cada vez mais graves, com a expansão do sistema capitalista e com o desenvolvimento da tecnlogia;os movimentos corporais em partes isoladas par aumentar a produção.O mesmo acontece no esporte instucionalizado, no qual persistem as idéias de uma ilimitada manipulação e aperfeiçoamento do corpo e de uma qualificação dascapacidades corporais.
